Vamos falar sobre o maior órgão do corpo humano?
A pele é muito mais que apenas um tecido. A pele é considerada o maior órgão do corpo humano e possui funções importantíssimas para o nosso organismo. Por isso, é muito importante conhecer um pouco mais a fundo sobre este órgão incrível para garantir a sua saúde!
Além disso, alterações que afetem o estado da pele, como o melasma, podem impactar muito mais do que apenas a saúde física da pessoa, mas também na autoestima e saúde psicológica.
A pele possui três camadas principais: a epiderme, a derme e a hipoderme.
A epiderme é a camada mais externa da pele, a qual podemos ver e tocar. A maior parte das células da epiderme é composta por queratinócitos, mas existem também os melanócitos, que produzem o pigmento melanina, um dos principais elementos que contribuem para a cor da pele e que protegem dos efeitos perigosos da radiação UV. A parte mais externa da epiderme, conhecida como estrato córneo, é relativamente impermeável e, quando não está lesionada, impede a entrada da maioria das bactérias, vírus e outras substâncias estranhas no organismo. Se algo passa desta primeira linha de defesa, o sistema imune reagirá contra estes agentes invasores.
A camada seguinte, a derme é uma camada espessa que vem logo após a epiderme, e possui um tecido fibroso e elástico (composto, principalmente, por colágeno) que confere à pele a sua flexibilidade e resistência. A derme contém também terminações nervosas, glândulas sudoríparas e glândulas oleosas (sebáceas), folículos pilosos e vasos sanguíneos.
É nessa região que existe a presença de receptores nos terminais nervosos que conseguem captar estímulos externos (como pressão, vibração, toque, dor e temperatura) e enviar ao sistema nervoso central. Assim, é possível distinguir e reagir a diferentes estímulos, como a rápida retirada da mão após o toque em uma superfície quente, por exemplo. Algumas áreas da pele contêm mais receptores do que outras, como os pés e as pontas dos dedos das mãos, que são muito sensíveis ao toque.
Por fim, a hipoderme é a camada mais interna da nossa pele que possui a função de armazenar energia enquanto protege e isola termicamente o nosso corpo. Ela é composta de células adiposas (gordura), fibras especiais de colágeno, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos.
É importante destacar também que a pele protege os órgãos internos, os músculos, os nervos e os vasos sanguíneos contra qualquer tipo de dano. Além disso, a pele contribui para o controle de fluidos e sais minerais por meio da transpiração.
Mas, o que é o melasma?
Apesar de entendermos a grandiosidade deste órgão e suas múltiplas funções, a pele também pode ser fonte de muita preocupação devido a alterações pigmentares. Esse é o caso do melasma, uma alteração na pigmentação da pele que causa desconforto e problemas com a imagem em muitas mulheres.
O melasma é considerado o distúrbio cutâneo pigmentar mais recorrente na face, mas que pode surgir em outras partes do organismo, como o colo, pescoço e antebraços. O melasma é uma hiperpigmentação da pele que resulta na formação de manchas castanho-escuras ou marrom-acinzentadas, com limites bem demarcados, mas com formato irregular.
O melasma possui maior incidência em mulheres e suas causas ainda são tema de debate científico. Estudos demonstram que a proporção geral de casos de melasma no Brasil entre mulheres e homens é de 9:1, mostrando a grande prevalência no público feminino dessa alteração.
Quais as causas para o melasma?
As causas para o melasma são multifatoriais. Em geral, associa-se a maior incidência devido à exposição à luz UV. A luz UV promove um fenômeno chamado melanogênese de forma acentuada em pacientes suscetíveis. Ou seja, nesses casos ocorre um aumento exacerbado na produção de melanina pelos melanócitos, causando as manchas em regiões específicas do corpo.
A ciência também investiga a influência do histórico familiar. A predisposição genética é conhecida por ser um importante fator de risco para o desenvolvimento de melasma. Inclusive, estudos relatam que 55–64% dos pacientes com essa condição têm história familiar positiva.
Além disso, as influências hormonais em mulheres desempenham um papel significativo na patogênese do melasma. Gravidez, tratamentos de fertilização ou uso de pílula anticoncepcional são apontados como potenciais desencadeadores. Isso porque hormônios estrogênicos e a progesterona, quando em maior quantidade, podem aumentar a atividade dos melanócitos.
O melasma pode ser tratado!
Apesar de ser uma condição crônica e que não possui cura, o melasma pode ser tratado e controlado. Ao evidenciar o surgimento das manchas, o médico dermatologista irá analisar a pele considerando o histórico familiar, o uso de medicamentos e gravidez, por exemplo.
O tratamento inclui a utilização rotineira de protetores solares para evitar a exposição à radiação UV. Se houver uso de anticoncepcionais, podem-se sugerir alternativas substitutas para não haver piora das manchas. Além disso, pode ser recomendada a utilização de substâncias para clarear as manchas, assim como outros tratamentos estéticos.
É importante destacar que pessoas suscetíveis devem sempre se proteger de fontes de radiação UV, pois o melasma é um distúrbio que pode aumentar mesmo depois de um período em regressão. O melasma é uma doença séria e que não deve ser negligenciada, pois, afeta de forma significativa a pele, especialmente a parte estética, comprometendo muito a autoestima da pessoa.
A In Situ Terapia Celular assume o compromisso de trazer informações relevantes e de qualidade para você sempre se manter informado.
Referências:
Liu, Y., Wu, S., Wu, H., Liang, X., Guo, D., & Zhuo, F. (2021). Comparison of the Efficacy of Melasma Treatments: A Network Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. Frontiers in medicine.
Ogbechie-Godec, O. A., & Elbuluk, N. (2017). Melasma: an Up-to-Date Comprehensive Review. Dermatology and therapy.