A pele é um órgão que possui uma função fundamental para o nosso corpo: fornecer uma barreira física contra agressões externas e microrganismos invasores. Mas, acidentes podem acontecer prejudicando a integridade da pele. Afinal, quem nunca ralou o joelho quando criança ou cortou o dedo com uma faca, não é mesmo?
Caso isso tenha acontecido alguma vez, você deve ter percebido que em apenas alguns dias a pele começa a cicatrizar e o ferimento é completamente fechado. Apesar de parecer simples, o processo de cicatrização de feridas cutâneas é incrivelmente complexo e dependente da interação entre uma série de fatores altamente regulados que trabalham em conjunto para restaurar a pele lesada.
No entanto, erros podem acontecer nas várias etapas da cicatrização, especialmente quando a pessoa é portadora de doenças que podem interferir nesse processo, como o diabetes. Nesse caso, um pequeno machucado pode virar uma ferida que cronicamente não cicatriza.
Mas você já ouviu falar em feridas crônicas?
As feridas crônicas são feridas que demoram muito a cicatrizar e podem, inclusive, não fechar, caso o curativo ideal não seja realizado ou se a causa da ferida não for tratada. O período necessário para que a cronicidade seja estabelecida varia de quatro semanas até mais de três meses.
Essa condição pode estar associada a diferentes fatores, tais como comprometimentos vasculares, Diabetes Mellitus, hipertensão arterial sistêmica, neuropatias, imobilidade prolongada, neoplasias e alterações nutricionais, requerendo tratamento especializado baseado em avaliações contínuas.
As feridas crônicas mais comuns são as úlceras de pressão, úlceras diabéticas e úlceras vasculares (nas pernas). As úlceras de pressão são resultantes da pressão prolongada sobre a pele e são popularmente conhecidas como escaras. As pessoas com maior risco são aquelas com uma condição que limita sua capacidade de mudar de posição, como pessoas internadas em hospitais por um longo tempo.
Já a úlcera diabética é uma complicação do paciente portador de Diabetes Mellitus que normalmente afeta os pés, mas que pode atingir também outras partes do corpo. Pessoas diabéticas tem dificuldade na cicatrização devido a complicações causadas pelo excesso de glicose no sangue. Lesões na pele de diabéticos podem evoluir (se não tratadas) para úlceras crônicas, que podem levar a amputação do membro, por exemplo.
Por fim, as úlceras vasculares são causadas por problemas em veias ou artérias (ou em ambas). Podem ocorrer devido à dificuldade do retorno do sangue venoso dos membros inferiores ao coração ou ainda por obstrução das artérias. A falta de sangue rico em oxigênio e nutrientes para irrigar os tecidos causa morte celular e, consequentemente, facilita o surgimento das lesões na pele.
As feridas crônicas são um problema de saúde pública grave!
As feridas crônicas compartilham características comuns, como inflamação prolongada ou excessiva, infecções persistentes, resistentes e a incapacidade das células da pele de responder a estímulos reparadores. Juntos, esses fatores aumentam muito os desafios encontrados por profissionais da saúde no tratamento de pacientes portadores.
Estima-se que estas lesões acometam cerca de 5% da população adulta no mundo, gerando altos custos para os serviços de saúde devido às dificuldades encontradas no tratamento e ao alto índice de recorrência. Além disso, tratar essas lesões envolve cuidados domiciliares, internações prolongadas, tratamentos complexos e uso de terapias adjuvantes.
Outro fator preponderante é o forte impacto social e psicológico causado por essas lesões. Devido à baixa taxa de cicatrização, as feridas crônicas têm um impacto significativo na saúde e na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares, causando dor, perda de função e mobilidade, depressão, angústia e ansiedade, constrangimento, isolamento social e discriminação.
Por isso, o desenvolvimento de novas tecnologias que ajudem a melhorar o tratamento das feridas crônicas é tão importante! Atualmente, avanços científicos na área da terapia celular trazem esperança para o surgimento de tratamentos mais eficazes para essas lesões. É o caso da utilização de células-tronco em biocurativos, por exemplo, que possuem a capacidade de estimular a regeneração dos tecidos da pele!
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Referências:
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