Conseguir restaurar a integridade e função de um órgão, sem a necessidade de transplante, sempre foi um desafio a ser superado por médicos e cientistas. Além disso, a perda de função de órgãos e tecidos por doenças ou lesões motivou o desenvolvimento de novas terapias que possibilitem a regeneração das células desses tecidos.
E nesse ponto, a Medicina Regenerativa está revolucionando a área médica!
Mas, o que é a Medicina Regenerativa?
A Medicina Regenerativa é um novo ramo da medicina que desenvolve métodos para regenerar, reparar ou substituir células, órgãos ou tecidos danificados. Para isso ser possível, tecnologias inovadoras estão em constante desenvolvimento, como o uso de células-tronco terapêuticas, engenharia de tecidos e biomateriais ou ainda a produção de órgãos artificiais.
O transplante tradicional de órgãos e tecidos apresenta barreiras significativas pelo número limitado de doadores e também pelas complicações imunológicas graves que podem ocorrer na pessoa que recebe o órgão. Por outro lado, a Medicina Regenerativa oferece soluções para driblar esses desafios, sendo possível tratar doenças crônicas e agudas, feridas dérmicas, doenças cardiovasculares, diversos tipos de traumas (incluindo traumas na medula espinhal!) e até mesmo para alguns tipos de câncer.
Como ela funciona?
Para que a Medicina Regenerativa seja eficaz em seu propósito, é necessário um conjunto de três fatores fundamentais: as células-tronco, sinalizadores e biomateriais.
As células-tronco são os elementos centrais e uma das ferramentas mais utilizadas pela Medicina Regenerativa. O termo “célula-tronco” não é necessariamente algo novo para a população, pois diversas pesquisas ganharam notoriedade na mídia pela utilização deste tipo celular. Estas células possuem a capacidade de se transformar em outros tipos celulares de diferentes tecidos. Essa é uma vantagem enorme, pois possibilita a regeneração de um tecido a partir destas células.
Apesar dessa capacidade de transformação das células-tronco, elas não conseguem fazer esse trabalho sozinhas. Para que elas consigam se transformar em células específicas, é essencial a existência de sinalizadores que irão “guiar” as células-tronco para que se transformem no tipo celular correto. Estes sinalizadores podem ser proteínas específicas do tecido em questão e que estão presentes em nosso organismo. Estes sinalizadores também podem ser utilizados em laboratório para diferenciar as células-tronco antes mesmo do seu uso no paciente. Assim, quando elas forem usadas no corpo da pessoa, já estarão aptas para começar a se transformar em um determinado tipo celular pré-definido na cultura celular.
Em muitos casos as células-tronco podem ser implantadas diretamente no organismo, por via intravenosa, por exemplo. Entretanto, em outras situações não bastam simplesmente injetar as células-tronco no paciente. Para que elas sejam efetivas, é preciso a inclusão de biomateriais.
Os biomateriais são estruturas sintéticas ou orgânicas que entram em contato com sistemas biológicos, geralmente utilizados para substituir tecidos lesionados ou desempenhar funções biológicas específicas. No caso das células-tronco, os biomateriais fornecem o suporte necessário para que as elas se multipliquem. Estes materiais podem imitar a matriz extracelular nativa dos tecidos e direcionar o comportamento celular, contribuir para a estrutura e função de novos tecidos e apresentar fatores de crescimento localmente.
A Medicina Regenerativa é a esperança no tratamento de diversas doenças
Com o aumento da expectativa de vida da população, também cresce a incidência de doenças relacionadas ao envelhecimento, como o Alzheimer, diabetes, câncer e artrites. A Medicina regenerativa representa esperança no tratamento destas doenças, pois possibilita regenerar células e tecidos que não estejam funcionando corretamente.
A diabetes é uma doença causada pela incapacidade das células beta pancreáticas de produzir insulina. Com a utilização de células-tronco mesenquimais, é possível regenerar o tecido pancreático, de modo a produzir novas células betas totalmente funcionais. Nesta mesma linha, diversas outras doenças podem ser beneficiadas pelo uso da Medicina Regenerativa, seja para reparar uma articulação desgastada ou até mesmo para restaurar lesões crônicas e queimaduras graves na pele por meio de biocurativos.
No entanto, desafios ainda cercam a utilização desse tipo de terapia. Um dos fatores que mais influenciam é o desconhecimento da população em geral e também de profissionais da saúde acerca do tema. A falta de conhecimento faz com que não seja incentivada a realização de práticas regenerativas. E muito se deve a desinformação gerada pela divulgação de informações errôneas a respeito do uso de células-tronco. Por isso, a In Situ Terapia Celular assume o compromisso de trazer informações relevantes e de qualidade para você, sempre baseado em ciência e com fontes de pesquisa confiáveis.
A In Situ Terapia Celular é especializada e pioneira no desenvolvimento de biocurativos com células-tronco para o tratamento de feridas crônicas e queimaduras graves. Quer saber mais sobre essa inovação no mundo da Medicina Regenerativa e terapia celular? Então continue nos acompanhando pelas redes sociais e pelo nosso blog. Em breve traremos mais conteúdos superinteressantes sobre essa área!
Referências:
Han, F., Wang, J., Ding, L., Hu, Y., Li, W., Yuan, Z., … & Li, B. (2020). Tissue engineering and regenerative medicine: achievements, future, and sustainability in Asia. Frontiers in bioengineering and biotechnology.
Mao, A. S., & Mooney, D. J. (2015). Regenerative medicine: Current therapies and future directions. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.